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Como Conversar Com Um Fascista Pdf 18



Marcia Tiburi (Vacaria, 1970) es una filósofa, artista plástica, crítica literaria y escritora brasileña. En 1990 se licenció en Filosofía por la Pontificia Universidad Católica de Rio Grande do Sul, donde obtuvo una maestría en 1994; en 1999 se doctoró en Filosofía contemporánea por la Universidad Federal de Rio Grande do Sul. Asimismo, en 1996 se licenció en Artes Plásticas por la Universidad Federal de Rio Grande do Sul. Es profesora del Programa de Posgrado en Educación, Arte e Historia de la Cultura de la Universidad Presbiteriana Mackenzie, así como directora de la Escuela de Filosofía Pasajes, en Rio de Janeiro. En las elecciones de 2018 fue candidata a gobernadora del estado de Rio de Janeiro por el Partido de los Trabajadore.




Como Conversar Com Um Fascista Pdf 18



Desde a publicação da primeira edição de Como conversar com um fascista, em 2015, não canso de justificar a eleição do termo pelo qual fui constantemente criticada. Apesar dos muitos leitores que viram no livro um apoio para seguir lutando pela democracia, aos quais agradeço pela leitura, não faltou quem achasse que a expressão era um exagero. Aos que perceberam o elemento irônico do título, eu só tenho a agradecer.


No entanto, não é o fascista como cidadão ordinário que manipula o ódio. O sujeito autônomo, o indivíduo com sua visão de mundo particular, deixa de existir ao ser usado como parte da massa. Os meios de comunicação tem um papel fundamental nesse processo. No Brasil atual, perderam-se os limites das produções discursivas e, lançados em uma histeria coletiva, os cidadãos se entregam ao ódio a partir de mecanismos que escapam ao seu controle. O que a televisão sempre fez é o que as redes sociais fazem hoje, só que em uma escala infinitamente maior.


Da Europa às Américas, de Norte à Sul, cresce o ódio ao diferente e às pessoas marcadas como socialmente indesejáveis, e desaparece o respeito ao singular que caracterizou a perspectiva democrática, sempre frágil e nunca suficientemente consolidada em lugar algum do planeta. Menos ainda em nosso país. A ideia do direito e da justiça cede lugar à barbárie. Uma atmosfera sombria escreve adeus à civilização em letras de sangue pelos muros invisíveis das grandes cidades. Na Itália e na Alemanha, grupos fascistas se rearticulam amparados em suas próprias origens. Na França, a cultura de esquerda, historicamente crítica ao fascismo, perde espaço para uma extrema-direita estupidificante. Nos Estados Unidos, um muro concreto se ergue na fronteira para evitar a passagem do estrangeiro, no Brasil e na América Latina o discurso de ódio é manipulado nos meios de comunicação de massa e golpes de Estado se tornam prática comum de uma extrema direita capaz de devorar o adversário político desrespeitando limites constitucionais básicos. O fascismo nos trópicos surge renovando o espírito capitalista da colonização que vem de longe.


Cabe, em nossa época, pensar a resistência, descobrir como seria possível desviar o rumo ao qual nos levam os meios de comunicação, as redes sociais e a vida digital, máquinas e aparelhos hábeis em produzir esvaziamento subjetivo e, assim, contribuir para a transformação do cidadão comum em fascista em potencial.


Não faz sentido dizer que o socialismo tem Marx como única fonte. Isso é simplesmente falso historicamente. Se ele dissesse que as correntes socialistas que se tornaram hegemônicas tem como Marx sua única fonte, ainda vá lá. Mas nas primeiras décadas do século XX mesmo isso era mais questionável.


Novamente, quanto à segunda frase, como já disse, não há base para relacionar mecanicamente como é feito nesse texto (não sei ao longo do livro) uma crítica ao determinismo marxista com crítica à razão ou ao racionalismo. Não estou discutindo se há outras razões para se encontrar no sindicalismo revolucionário elementos da gênese do fascismo. Estou discutindo apenas a falta de sentido em afirmações do autor neste texto. Nem sequer o autor de dá o trabalho de mostrar que a crítica ao determinismo feita pelos sindicalistas revolucionários era ao mesmo tempo uma crítica à razão. Da forma como ele expõe, é como se uma crítica ao determinismo marxista fosse necessariamente uma critica à razão.


A crítica que fiz ao texto foi de ordem lógica. Sim, eu sei que é parte de uma introdução de um livro, como deixei claro. Mas o texto destacado e publicado como está, tem esse problema sim. Pode ser que ao longo do livro o autor desenvolva de outra forma, deixando claro no que a crítica ao determinismo que era feita, era ao mesmo tempo uma crítica à razão. Mas do jeito que está, o que se deduz é que para o autor toda crítica ao determinismo marxista é uma crítica ao racionalismo.Além da questão sobre Marx ser fonte única do socialismo. Se isso é bem fundamentado ao longo do livro, realmente não sei porque não li. Mas a afirmação, da forma como está, até ser convencido do contrário, é incabível.


Luiz,Houve várias tendências de esquerda, tanto entre os anarquistas como entre os comunistas e os socialistas, que lutaram sempre contra o fascismo e, antes disso, contra aquele tipo de nacionalismo que veio a confluir na formação do movimento fascista. Mas creio que o objectivo de Sternhell foi exclusivamente o de analisar aquelas tendências que participaram nessa formação e não as que não participaram. Um dos seus grandes méritos foi o de ter estudado mais atentamente do que muitos outros historiadores a acção dos sindicalistas-revolucionários italianos.Quanto aos anarquistas italianos naquela época, pelo que conheço tiveram um papel histórico muito reduzido. Camillo Berneri escreveu coisas muito interessantes, mas parece-me um personagem muito isolado. E o ano final da ascensão dos fascistas os Arditi del Popolo tiveram uma postura muito combativa e lúcida, mas não eram compostos exclusivamente por anarquistas.Outra coisa. O Labirintos do Fascismo que existe na internet é uma tese de doutorado na Unicamp, disponibilizada por essa universidade. O livro é bastante maior, embora por outro lado lhe tivesse cortado certos assuntos que tratei na tese, como as torcidas de futebol e os concertos de rock. De qualquer modo, a perspectiva é a mesma na tese e no livro.


Assustados com o ovo da serpente, os partidos e coletivos da extrema-esquerda ficam tentados a recuar. (Exemplo banal é a indicação de voto em Dilma e Lula dada pelo PCBrasileiro em 2os turnos, que erroneamente se refere ao PSDB e à direita clássica como expoentes fascistas) 2ff7e9595c


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